terça-feira, 8 de abril de 2014



Fernando Liguori


Esta é uma lição introdutória as técnicas preliminares de swara-yoga realizada pelo TPP «treinamento pré-prāṇāyāma» da Oficina de Meditação.



A Haṭhapradīpikā (II: 6) diz:

पराणायामं ततः कुर्यान्नित्यं सात्त्विकया धिया |
यथा सुष्हुम्णा-नाडीस्था मलाः शुद्धिं परयान्ति || ||

Por isso se deve praticar prāṇāyāma diariamente com o pensamento purificado [sattva] até que a suṣumnā-nāḍī esteja livre de impurezas.

A natureza da mente se compõe por três qualidades ou modos de manifestação distintos conhecidos como guṇas: tamas, rajas e sattva. Tamas é inércia; rajas é dinamismo e sattva é estabilidade. Por exemplo, uma rocha representa tamas, o homem rajas e a espiritualidade sattva. A mente torpe ou sem consciência é tamásica, i.e. inerte. A mente oscilante que vai de um extremo ao outro, da consciência a total falta de consciência é rajásica ou dinâmica. Finalmente, a mente estável e unidirecionada é essencialmente satvica. Tamas é o primeiro estágio na evolução e seu caminho é ir em direção a rajas e depois tornar-se sattva. No estado de tamas, tanto rajas quanto sattva são forças potenciais. Em rajas há traços de tamas e sattva e em sattva já não existem traços de tamas ou rajas, não há mais influência deles.

Durante a prática de prāṇāyāma a mente deveria estar estável, desperta, sem oscilar entre um pensamento e outro. Dessa maneira, todo o sistema se torna receptivo a influência do prāṇāyāma. Quando a mente se encontra inerte (tamas), algumas nāḍīs permanecem inertes e fechadas. As impurezas depositadas obstruem a passagem da energia. O mesmo ocorre com a mente oscilante (rajas). Mas quando a mente se encontra estável (sattva), a consciência interior cresce rapidamente e o prāṇa se acumula no organismo, pois a passagem da energia pelos condutos (nāḍī) percorre todo o corpo.

Quando suṣumnā desperta, aumentamos o caudal de sattva na mente. Quando rajas é predominante, piṅgalā-nāḍī está operando dinamicamente. Quando tamas é predominante, iḍā-nāḍī está em atividade. Portanto, prāṇāyāma é melhor aproveitado quando o fluxo de energia (prāṇa) está fluindo por suṣumnā. Quando a respiração está fluindo naturalmente através de ambas as narinas, significa que suṣumnā está ativa. Geralmente nós não conseguimos respirar por ambas as narinas de forma equilibrada. Usualmente uma narina se encontra aberta e a outra parcialmente ou completamente fechada. A ciência chama isso de ritmos alternados. O Yoga chama de swara.

A ciência do swara-yoga diz que o fluxo da respiração se alterna em iḍā e piṅgalā-nāḍī aproximadamente a cada noventa minutos. A ciência já observou este processo de alternância respiratória e o associou as funções dos hemisférios esquerdo e direito do cérebro. Portanto, na medida em que o fluxo da respiração se alterna nas narinas, o cérebro também altera suas atividades, de um hemisfério ao outro. Quando a respiração flui através da narina esquerda, iḍā-nāḍī e o hemisfério direito do cérebro estão em atividade. Quando a respiração flui pela narina direita, piṅgalā-nāḍī e o hemisfério esquerdo do cérebro estão em atividade.

Piṅgalā-nāḍī é de natureza masculina, dinâmica. Iḍā-nāḍī é de natureza feminina, passiva. O hemisfério esquerdo do cérebro opera com o dinamismo de piṅgalā-nāḍī. Processa informação de maneira lógica, seqüencial e funciona de acordo com o tempo-espaço estabelecido. O hemisfério direito do cérebro está concernido à intuição, criatividade e orientação espacial (iḍā-nāḍī). Quando os dois hemisférios funcionam simultaneamente a energia que antes oscilava de um hemisfério ao outro agora opera consistentemente em todo cérebro. Ela passa através da fina membrana entre os dois hemisférios conhecida como corpus callosum. Neste momento, todo o cérebro passa a operar em sua capacidade máxima e a percepção do mundo já não se limita a um modo distinto de processar as informações que vêm de dentro ou de fora de nós.

De acordo com o swara-yoga, durante o fluxo de energia em iḍā, nós deveríamos executar atividades que requerem criatividade e intuição. Durante o fluxo da energia em piṅgalā, deveríamos executar trabalhos físicos ou atividades intelectuais. Durante o fluxo da energia em suṣumnā, deveríamos executar dhyāna (meditação) e yoga-abhyāsa (prática disciplinada e contínua de Yoga).

Os fatores que influenciam o fluxo de prāṇa nas nāḍīs são:

·         Estilo de vida
·         Dieta
·         Desejos
·         Pensamentos e emoções

Quando a personalidade é equilibrada e não existem condições extremas na mente e corpo, a respiração será harmonizada.

Swara: consciência respiratória

Swara é o fluxo da respiração nas narinas. É simples sabermos qual a narina está mais ativa bloqueando o fluxo de ar à vontade de hora em hora. Um exame detalhado da respiração nas narinas nos dá informações específicas sobre o estado psico-fisiológico em que nos encontramos. Os aspectos a serem examinados são:

·         A distância em que a respiração se estende além das narinas.
·         A predominância da narina esquerda ou direita.
·         A direção em que a respiração flui para dentro ou para fora através das narinas.

A descrição das técnicas abaixo demonstrarão que estes três aspectos são muito variáveis. Quando swara é observado por um longo período, informações importantes acerca de nós mesmos são acessadas. Estas técnicas podem ser praticadas a qualquer momento e em qualquer lugar. Sugerimos que você observe swara durante o tempo todo, em todas as suas atividades e experiências: ao sentar-se, ao alimentar-se, quando caminhar, falar, se exercitar, no trabalho, relaxando, meditando, ao sentir-se zangado, triste, feliz, com depressão, contente, estressado etc. A respiração pode ser checada antes, durante e após cada uma destas atividades ou sentimentos. Associe essas informações com aquilo que você já sabe sobre os cakras, as nāḍīs, os tattvas e os panca-prāṇas. Isso pode tornar-se um sādhanā se executado com disciplina e firmeza de propósito.

Técnica 1: observando swara
Sente-se confortavelmente em uma postura meditativa.
Tome consciência do fluxo natural de sua respiração nas narinas.
Coloque as costas da mão direita na frente da abertura das narinas. Tente determinar a distância em que a expiração se estende além das narinas sentindo o ar nos pelos ou na pele das costas da mão.
Observe sua respiração e determine sua extensão (pausa).
A extensão natural da respiração é entre 7 a 12 dedos de largura (angulas) das narinas. Em estados de emoção e excitação a respiração pode se estender a 36 dedos de largura. Durante exercitação física extrema, a respiração pode se estender por 100 dedos de largura (pausa).
O próximo passo é uma observação um pouco mais sutil. Tente determinar a direção em que o ar expirado sai pelas narinas. Use as costas da mão direita para isso (pausa).
Observe se a expiração sai do centro das narinas (indicando a predominância de pṛthivī-tattva, o elemento terra), para cima (agni-tattva, o elemento fogo), para baixo (apas-tattva, o elemento água), para os lados (vāyu-tattva, o elemento ar) ou fluindo desordenadamente, sem direção predominante (ākāśa-tattva, o elemento éter). Mas não perca tempo nos significados de cada direção. Apenas esteja consciente do processo. Seja uma testemunha da direção do fluxo de sua respiração (pausa).
Continue observando os fluxos de swara por mais alguns minutos.
Nota prática: Uma medição mais sensível pode ser feita segurando uma pequena pena ou algodão por uma linha fina na frente das narinas. Observando a direção da respiração pelo ar que sai pelas narinas por um período podemos ver os vários ângulos da respiração, até mesmo os ângulos diferentes em que o ar passa por cada narina. Quando esta observação estiver refinada, swara-yoga está sendo executado.

Técnica 2: ākāśa-prāṇāyāma (respiração espacial)
Sente-se confortavelmente em uma postura meditativa. Preferivelmente, siddhāsana, siddha-yoni-āsana ou padmāsana.
Pratique kāya-sthairyam por alguns minutos e então observe a respiração na medida em que ela se torna silenciosa e estável (pausa).
Execute nasikagra-dṛṣṭi, olhe para baixo e fixe seu olhar na ponta do nariz.
Mantenha consciência no fluxo natural de sua respiração enquanto executa nasikagra-dṛṣṭi por cinco minutos (pausa).
Feche os olhos e mantenha a consciência na respiração que entra e sai pelas narinas. Visualize uma fina membrana na entrada das narinas na medida em que o ar entra e sai do corpo.
Intensifique a consciência na medida em que o ar flui por essa interface (pausa).
Agora estenda sua consciência além das narinas e visualize os diferentes movimentos executados pela respiração no ar fora das narinas após a inspiração e expiração.
Enquanto expira, sinta o ar externo sendo deslocado pelo ar expelido. Enquanto inspira, sinta o ar exterior sendo sugado pelas narinas.
Consciência intensa do processo. Respire silenciosamente (pausa).
Agora, a respiração se torna leve. Isso não envolve qualquer tipo de tensão ou contração das narinas.
Aplique menos força e estenda a duração da respiração.
Sinta o ar apenas entrando e saindo do corpo, sem esforço ou ruído (pausa).
A respiração se torna tão leve que você não consegue perceber o distúrbio que ocorre no ar externo na medida em que inspira e expira.
Neste ponto sua respiração deve ser completamente silenciosa. A experiência no nível mental será de ākāśa (espaço).
Continue nesta respiração silenciosa e perceba a mente tornar-se calma e serena (pausa).
Inspira e expira. Vagarosamente retome o fluxo natural de sua respiração. Tome consciência do exterior. Abra o olhos.

Equilibrando swara

Durante a oscilação natural da respiração entre as narinas esquerda e direita (iḍā e piṅgalā-nāḍīs) existe um fluxo equilibrado de ar que passa por ambas as narinas apenas por alguns minutos. Contudo, esse período de equilíbrio pode ser prolongado alternando a respiração nas narinas de maneira que elas permaneçam em sincronia aérea. As técnicas que se seguem exercem influência no fluxo respiratório construindo equilíbrio e sincronia nas vias aéreas. Além disso, essas práticas podem ser executadas com a finalidade de se aumentar o volume respiratório em cada narina, elevando o nível de energia vital (narina direita) e energia mental (narina esquerda) no corpo.

O corpo e a mente possuem seus mecanismos de auto-reparo. Não pense que por conta de uma pessoa trabalhar atrás de uma mesa todo o dia, apenas sua narina esquerda irá funcionar o tempo todo. Às vezes uma pessoa pode se prender em um estado de contínuo tumulto mental (narina esquerda) ou em um estado de competição e agressão (narina direita). Portanto, essas técnicas podem ser utilizadas para mudar o swara dominante, alternando o fluxo energético. Muitos desses métodos são aplicados em práticas espirituais para manter o equilíbrio do fluxo prânico em suṣumṇā. Na alvorada e no anoitecer o fluxo pelas narinas se alterna. Uma delas passa a ser dominante, dependendo da fase lunar. Esse é um período de intensa atividade do swara e não aconselhamos modificar o fluxo aéreo nestas horas sem a orientação de um professor experiente.

Pādadhirāsana (postura do equilíbrio respiratório)
Sente-se em vajrāsana.
Cruze os braços na frente do peito, apoiando as mãos sobre as axilas opostas com os polegares apontados para cima. Para um efeito mais forte, coloque os punhos cerrados debaixo das axilas.
Feche os olhos e torne-se consciente do processo respiratório.
Essa postura pode ser praticada por longos períodos para finalidades espirituais.

Variação: mudando o fluxo aéreo nas narinas
Sente-se em vajrāsana, como acima.
A fim de aumentar o fluxo respiratório na narina direita, coloque apenas a mão direita embaixo da axila esquerda. Mantenha o polegar para cima.
Descanse a mão esquerda sobre a perna esquerda em cin-mudrā.
A fim de aumentar o fluxo respiratório na narina esquerda, coloque apenas a mão esquerda embaixo da axila direita. Mantenha o polegar para cima.
Descanse a mão direita sobre a perna direita em cin-mudrā.
Feche os olhos. Respire naturalmente e mantenha consciência no fluxo de ar pelas narinas.
Deixe que o peso do braço crie a pressão necessária na axila. Não crie tensão.
Continue por cinco ou dez minutos ou pelo tempo que for necessário até que o fluxo de ar seja equilibrado na narina trabalhada.

Daṅda-kriyā (talo de apoio)
Sente-se em uma postura confortável e permita que a respiração se torne estável.
A fim de aumentar o fluxo respiratório na narina esquerda, coloque o yoga-daṅda (talo de apoio em forma de T) debaixo da axila direita. O yoga-daṅda criará uma leve pressão sob a axila.
A fim de aumentar o fluxo respiratório na narina direita, coloque o yoga-daṅda debaixo da axila esquerda. O yoga-daṅda criará uma leve pressão sob a axila. Ajuste a pressão sob as axilas para aumentar ou diminuir o fluxo aéreo nas narinas
Nota prática: Essa prática requer um yoga-daṅda grande o suficiente para o encaixe perfeito na axila enquanto o corpo senta-se firme e estável em uma postura meditativa.

Variação: dois yoga-daṅdas
Coloque um yoga-daṅda abaixo de cada braço.
Alterne a pressão sobre as axilas oscilando o peso do corpo para direita ou esquerda para manter o equilíbrio do fluxo aéreo nas narinas.
Pratique pelo tempo necessário.
Nota prática: Essa prática requer dois yoga-daṅdas. Mas se não for possível, apenas um daṅda pode ser alternado nas axilas na medida em que se equilibra o fluxo da respiração nas narinas. O uso do daṅda dá um suporte extra ao corpo durante períodos prolongados de prática, seja prāṇāyāma ou meditação.

Deitar-se sobre um lado do corpo
A fim de aumentar o fluxo respiratório na narina direita, deite-se sobre o lado esquerdo.
O joelho direito deve estar dobrado, descansando no chão, com o pé direito apoiado atrás do joelho esquerdo.
A fim de aumentar o fluxo respiratório na narina esquerda, deite-se sobre o lado direito.

Controle mental de swara
Sente-se confortavelmente em uma postura meditativa.
Torne-se consciente da respiração na medida em que inspira e expira pelas narinas.
Se o fluxo do ar que entra é mais forte na narina direita, concentre-se no fluxo do ar que entra pela narina esquerda. Visualize o processo.
Após algum tempo o fluxo de ar que passa pela narina esquerda irá aumentar.
Repita o processo invertendo as narinas.
Nota prática: Essa técnica deve ser considerada como um experimento de controle mental sobre o corpo. A concentração requerida para produzir este efeito pode ser usada construtivamente em outras técnicas.

Prāṇa-mudrā-prāṇāyāma (invocação da energia)

Prāṇa-mudrā-prāṇāyāma desenvolve a consciência dos sete cakras: mūlādhāra, swādhisṭhāna, maṇipūra, anāhata, viśuddhi, ājñā e sahasrāra, bem como o movimento sutil da energia associado a atividade nos cakras. Essta prática também é conhecida como śānti-mudrā ou o gesto da paz. Esse gesto ou atitude para com todo ser é uma suplica para se receber as radiações do sol e o mahā-prāṇa (energia universal). O melhor horário para prática é na alvorada, de frente para o sol. Contudo, a prática pode ser executada a qualquer momento porque ela desperta prāṇa-śakti (a energia interior). Prāṇa-mudrā-prāṇāyāma desenvolve resistência, força, vigor, confiança, brilho interior e boa saúde. É uma excelente técnica pré-meditativa.

Técnica
Sente-se em uma postura de meditação que seja confortável, de preferência padmāsana, siddhāsana ou siddha-yoni-āsana. Mantenha as mãos em bhairava-mudrā.
Feche os olhos e relaxe todo o corpo, especialmente abdômen, braços e mãos.
Estágio 1: Mantendo os olhos fechados, inspire e expire o mais profundamente possível, contraindo os músculos do abdômen para expelir a máxima quantidade de ar dos pulmões.
Com os pulmões vazios execute mūla-bandha, concentrando-se no mūlādhāra-cakra, na região do períneo.
Retenha os pulmões vazios tanto quanto for confortável.
Estágio 2: Solte mūla-bandha. Inspire lenta e profundamente expandindo o abdômen totalmente e absorvendo para dentro dos pulmões a maior quantidade possível de ar.
Simultaneamente, eleve as mãos até que estejam na altura do umbigo. As mãos devem estar abertas, as palmas voltadas para o corpo e os dedos apontados para o centro, sem se tocarem.
O movimento das mãos deve ser coordenado com a inspiração abdominal. Os braços e mãos devem estar relaxados.
Ao inspirar pelo abdômen, tente sentir o prāṇa sendo elevado do mūlādhāra-cakra ao maṇipūra-cakra, na coluna vertebral.
Estágio 3: Continue a inspiração, expandindo o peito e elevando as mãos até que se posicionem à frente do centro cardíaco.
Sinta o prāṇa subindo do maṇipūra até o anāhata-cakra, enquanto inspira.
Estágio 4: Inspire ainda mais, elevando suavemente os ombros enquanto sente o prāṇa subir do anāhata ao viśuddhi-cakra.
Eleve as mãos à frente da garganta em coordenação com a inspiração.
Estágio 5: Retenha a respiração internamente enquanto abre os braços lateralmente.
Na posição final, as mãos devem estar no nível das orelhas, os braços abertos, mas não totalmente esticados, as palmas das mãos voltadas para cima.
Sinta o prāṇa se expandindo como uma onda para o ājñā, biṅdu e sahasrāra-cakras. Concentre-se no sahasrāra-cakra e visualize uma aura de pura luz emanando da cabeça.
Sinta que todo seu ser está irradiando vibrações de paz para todos os seres.
Retenha a posição pelo tempo que for possível sem forçar os pulmões.
Repita os estágios 4, 3, 2, 1 e lentamente retorne para posição inicial enquanto expira.
Durante a expiração, sinta o prāṇa descer progressivamente em cada cakra, até chegar no mūlādhāra.
No fim da expiração, execute mūla-bandha e concentre-se no mūlādhāra-cakra.
Então relaxe todo corpo e respire normalmente.
Repita de cinco a dez vezes.
Nota prática: A consciência deve se mover em um fluxo contínuo, coordenado com a subida e descida das mãos desde o mūlādhāra ao sahasrāra e novamente ao mūlādhāra-cakra. Quando a prática tiver sido aperfeiçoada, visualize a respiração como um fluxo de luz branca subindo e descendo por suṣumṇā-nāḍī.

Consciência dos panca-prāṇas

Os panca-prāṇas são as cinco energias ou alentos (vāyu) que fluem e compreendem o corpo prânico. Prāna, apāna, samāna, udāna e vyāna. A prática que se segue é uma variação de prāṇa-mudrā-prāṇāyāma com a consciência nos cinco prāṇas ao invés dos cakras.

Variação: prāṇa-mudrā-prāṇāyāma com consciência dos panca-prāṇas
Inicie a prática da mesma maneira que anteriormente no estágio 1. Desenvolva consciência de apāna-vāyu na parte baixa da região abdominal.
No estágio 2, enquanto eleva as mãos, sinta a transformação de apāna em samāna, na região do umbigo.
Durante o estágio 3, continue elevando as mãos desde samāna até a região do prāṇa, no nível do peito.
No estágio 4, eleve as mãos desde a região do peito até a garganta e cabeça, sentindo o prāṇa movimentando-se em direção a udāna.
No estágio 5, esteja consciente da difusão de vyāna por todo o corpo, como uma aura protetora, na medida em que as mãos e os braços estão elevados totalmente.
Permaneça consciente de todo corpo envolto por uma luz pura e radiante ao mesmo tempo em que mantém a consciência no fluxo dos cinco prāṇas dentro do corpo físico.
No estágio final, reverta o movimento dos braços expirando, descendo a consciência através dos cinco prāṇas até a posição inicial.


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