Fernando Liguori
.
segunda parte .
O texto que se segue é a
segunda parte da lição sobre a fisiologia psíquica. Ele aborda as nāḍīs e
canais psíquicos. Seu conhecimento é fundamental para as práticas que se seguem
a partir do módulo V da Oficina de Meditação, tais como ajapa-japa e prāṇa-vidyā,
bem como um aprofundamento em prāṇāyāma-sādhanā.
O reino psíquico da existência é um tema que geralmente
causa grande transtorno e confusão na mente da pessoa comum pois na maioria dos
casos ela não consegue ver ou perceber sua constituição psíquica, além de
existirem poucas palavras que realmente podem descrevê-la. Felizmente, contudo,
muitos cientistas de primeira linha em vários países têm apresentado constantes
descobertas acerca destes reinos sutis, causando uma vagarosa ruptura no
paradigma materialista Ocidental. Através de suas pesquisas no recentemente
descoberto campo psíquico, novos
termos para descrevê-lo vêm sendo catalogados e acreditamos que no futuro esse
será um tema comum e fará parte importante do conhecimento geral humano. Quando
isso acontecer, muitas pessoas terão acesso aos mecanismos hoje em teste para
se perceber o reino psíquico da existência.
Uma das premissas básicas do sistema de Yoga é que o universo existe simultaneamente em um número diferente
de níveis sutis. Qualquer objeto ou ser que existe no plano físico possui uma
forma correspondente em um plano mais sutil e a vida com suas atividades também
existe nos reinos sutis da mesma maneira que no plano físico.
A matéria que é constituída por partículas menores que os
prótons, elétrons e nêutrons que possuem um padrão vibracional mais rápido que
a velocidade da luz é psíquica por natureza. Existem planos ainda mais sutis
que a natureza psíquica. Estes, a ciência ainda não consegue definir em
palavras. Os dois planos mais elevados conhecidos por nós são o mental e o
causal, que são experienciados apenas pelo buscador em estados meditativos
antes que ele transcenda toda existência e entre em samādhi.
O plano diretamente acima do nível físico é o reino psíquico
da existência. Ele possui muitas coisas em comum com o mundo físico que nos é
tão familiar, e muitas pessoas passam por experiências no nível psíquico sem
perceberem, pois este é tão similar ao plano físico que somente uma percepção
mais refinada pode experiencia-lo em toda sua totalidade. Essas experiências
são mais comuns durante o sono ou quando uma pessoa passa por traumas emocionais
e até mesmo esforço físico em demasia. Essas experiências psíquicas podem
ocorrer também através da utilização de determinadas plantas enteógenas ou
através de práticas yogīs. É comum os
relatos de experiências espontâneas no plano psíquico através daquilo que
denominados despertar espiritual.
O sistema do kuṇḍalinī-yoga,
que se baseia nos antigos ensinamentos das escrituras tântricas, encerra muitas
técnicas cujo objetivo é o despertar controlado de experiências psíquicas.
Embora a experiência psíquica não seja considerada o objetivo do sādhanā pelo praticante sério, pois ele
está mais interessado no desenvolvimento espiritual, é um nível importante pelo
qual todo aspirante tem de passar.
Muitas das práticas de kuṇḍalinī-yoga
requerem que o aspirante observe acontecimentos
que ocorrem no plano psíquico. Na maioria dos casos, o que estes kriyās demandam é que o aspirante veja e
esteja consciente de certos centros psíquicos conhecidos como cakras que existem em sua própria
constituição psíquica, assim como a observação do fluxo sutil de energia que
ocorre em determinadas passagens psíquicas conhecidas como nāḍīs e que estão conectadas aos centros de energia. É claro, nem
todas as pessoas são capazes de visualizar estes acontecimentos psíquicos à vontade. Portanto, a prática regular de kuṇḍalinī-yoga capacita o praticante a seguir
ou imaginar um grupo específico de centros e passagens psíquicas, permitindo
que ele encontre o ponto de disparo para cada centro e passagem.
O que se segue é uma
descrição dos diferentes centros psíquicos e passagens de energia localizadas
no corpo psíquico. Seu conhecimento é fundamental para as práticas tântricas de
meditação aqui disponibilizadas, na intenção de despertar estes centros e
passagens.
Os
centros psíquicos
Existem milhões de
centros psíquicos ou cakras, mas apenas onze são de interesse
fundamental aos praticantes de Yoga. Destes onze centros, descritos a
seguir, os primeiros oito são os cakras mais importantes localizados ao
longo da suṣumṇā-nāḍī e os últimos três são pontos de disparo secundários usados para
estimular os cakras. Na descrição que se segue, primeiro os cakras são descritos como aparecem na estrutura psíquica, com mantras, animais e sensações associadas. Adicionalmente, informamos as áreas
físicas que atuam como pontos de
disparo para os cakras, onde a consciência deve ser colocada durante as práticas de Yoga.
Mūlādhāra: O mūlādhāra-cakra, posicionadamente, é o mais inferior dos cakras
e é conhecido como o centro raiz. Na
natureza, está associado ao elemento terra e é o assento da energia primordial
no homem, conhecida como kuṇḍalinī-śakti.
Fundamentalmente, ela se manifesta como uma energia sexual/espiritual. O mūlādhāra-cakra é visualizado na forma de uma flor de lótus
vermelho escuro, de quatro pétalas. Nas pétalas estão inscritas as letras vaṃ (व), śaṃ (श), ṣaṃ (ष) e saṃ (स) em ouro.
No centro do lótus há um triângulo equilátero apontando para baixo e dentro do
triângulo um śivaliṅga cinza esfumaçado circundado por uma serpente
dourada multicolorida espiralada três voltas e meia.
O mūlādhāra-cakra é presidido
pelo deus Brahma, o criador do universo e a deusa Dākinī, que controla a pele
no corpo. O bīja-mantra (som
semente) é laṃ (ल) e seu
animal ou veículo é o elefante, símbolo da solidariedade na terra. De longe o
aspecto mais importante do mūlādhāra-cakra é que ele é
o assento da energia primordial, simbolizada pela serpente espiralada que se
desemaranha-se e ascende para o alto perpassando todos os cakras
via suṣumṇā-nāḍī no momento do despertar espiritual.
O ponto de disparo para o mūlādhāra-cakra é diferente no homem e na mulher. No homem,
este ponto é localizado no centro do períneo, entre os genitais e o ânus. Na
mulher ele é localizado no colo do útero, no fim da passagem vaginal.
Swādhisṭhāna: O
significado literal da palavra swādhisṭhāna é morada própria. É o segundo cakra e está
associado à mente inconsciente, o armazém da consciência coletiva, dos saṃskāras e memórias genéticas passadas. É o centro dos
instintos mais primitivos, selvagens, profundamente enraizados; são os impulsos
animais que causam tanta dor e sofrimento ao homem moderno. O swādhisṭhāna-cakra é visualizado na forma de um lótus vermelho,
com seis pétalas, sobre as quais estão inscritas as letras baṃ (ब), bhaṃ
(भ), maṃ (म), yaṃ
(य), raṃ (र), e laṃ (ल),
na cor de um relâmpago. No centro do lótus há uma lua branca, crescente, e seu bīja-mantra
é vaṃ (व).
O swādhisṭhāna-cakra é presidido
pelo Senhor Viṣṇu, o preservador do universo e pela deusa Rākinī, que controla
o sangue no corpo. A sensação deste cakra é sonolência, torpor, inércia e
ele está associado aos órgãos de reprodução e excreção.
O ponto de disparo do swādhisṭhāna-cakra está localizado no nível do osso pubiano ou
cóccix. Ele geralmente é visualizado na coluna, embora em certas práticas
também seja visualizado na frente do corpo, diretamente a frente do osso
pubiano.
Maṇipūra: A palavra maṇipūra significa literalmente cidade das joias. Este cakra
é o centro do calor, a fornalha. Está associado à vitalidade e energia, e é
simbolizado pelo carneiro, a besta mais feroz e agressiva. A deidade do maṇipūra-cakra é Rudra, aquele que consome ou destrói o
universo e a deusa a ele associada é Lākinī, que controla a carne no corpo. O maṇipūra-cakra é visualizado como um lótus amarelo, de dez
pétalas, as quais estão inscritas as letras phaṃ (फ), ḍaṃ
(ड), ḍhaṃ (ढ), ṇaṃ
(ण), taṃ (त), thaṃ
(थ), daṃ (द), dhaṃ
(ध), naṃ (न) e paṃ
(प),
na cor azul. Dentro do lótus, há um triângulo invertido, vermelho, inscrito o bīja-mantra
raṃ (र).
O
ponto de disparo utilizado para meditação no maṇipūra-cakra está
localizado no nível do abdômen, precisamente no umbigo. Geralmente é
visualizado na coluna, embora em alguns casos, bem raros, ele pode ser sentido
na frente do corpo, no umbigo.
Anāhata:
A palavra anāhata
significa insubstituível ou imbatível. Este cakra é a morada
dos sons psíquicos experimentados nos profundos níveis de meditação e é dito
que eles são imbatíveis porque não são criados pela fricção física. O anāhata-cakra é o centro do coração, raiz de todas as emoções, onde o amor a Deus e
ao homem pode se tornar divino. O anāhata-cakra é visualizado na forma de um lótus azul com
doze pétalas onde estão inscritas as letras kaṃ (कं), khaṃ (खं), gaṃ (गं), ghaṃ (घं), ñaṃ (णं), caṃ (चं), chaṃ (छं), jaṃ (जं), jhaṃ (झं), naṃ (न्अं), ṭaṃ (टं) e ṭhaṃ (ठं) em vermelhão. No
centro do lótus há dois triângulos entrelaçados, formando o hexagrama ou a bem
conhecida Estrela de Davi, com o bīja-mantra yaṃ (यं) em seu interior. O anāhata-cakra é simbolizado por um antílope negro e é
presidido por Īśa, o Senhor que vive em todas as formas e a deusa a ele
associada é Kākinī, que rege a gordura corporal.
No
corpo físico, o anāhata-cakra
é sentido no nível do coração, no ponto logo atrás do tórax. Sua localização é
na espinha, na linha diametralmente oposta ao ponto de disparo.
Viśuddhi: O viśuddhi-cakra
é conhecido como o centro de depuração
ou purificação. A palavra sânscrita śuddhi significa purificação. Viśuddhi
também é conhecido como o centro do
néctar e do veneno. Ele é visualizado na forma de um lótus violeta de
dezesseis pétalas, inscritas com as letras aṃ (अं), āṃ (आं), iṃ (इं), īṃ (ईं), uṃ (उं), ūṃ (ऊं), ṛṃ (ऋं), ṝṃ (ॠं), ḻṃ (ळ्ं), ḹṃ (ॡ), eṃ (एं), aiṃ (ऐं), oṃ (ओं), auṃ (औं), aṃ (अं), aḥ (अः) em carmesim. No
centro do lótus há um círculo ranco com o bīja-mantra haṃ (हं), também em branco puro. O animal deste centro é o
elefante branco, símbolo do éter. A deidade que preside este cakra é
Ardhanariśvāra, Śiva e Śakti em um único corpo. A deusa regente é Sākinī, associada
aos ossos.
O
viśuddhi é visualizado na cavidade da garganta ou
pomo-de-adão, diretamente na coluna. A sensação deste cakra
fria, gotas suaves do néctar que cai do bindu-visarga-cakra, causando a
sensação de uma bem-aventurança intoxicante.
Ājñā:
Este cakra é conhecido como terceiro olho
ou o centro do comando. É o ponto no corpo psíquico onde as informações do
exterior são recebidas e durante os sādhanās
mais austeros, é por onde o Guru guia o aspirante pelos comandos que lhe passa
através do ājñā-cakra. É o famoso olho da intuição
através do qual a pessoa psiquicamente desperta pode experienciar todos os
eventos tanto no plano físico quanto psíquico. O ājñā-cakra
é visualizado como um lótus azul-prateado de duas pétalas inscritas com as
letras ha (ह) e kṣa (क्ष), em prateado e branco. No centro do lótus em
amarelo brilhante aparece o bīja-mantra oṃ (\), com três linhas
vermelhas rajadas de cima a abaixo e uma lua crescente no topo em branco. A
deidade deste cakra é Paramaśiva, a consciência sem forma e a deusa é
Hākinī, que controla a mente sutil.
No
corpo físico o ājñā
é visualizado diretamente atrás do ponto entre as sobrancelhas, no topo da
coluna vertebral. O ājñā-cakra
é a própria glândula pineal. A sensação é sem forma, além da consciência
espaço-tempo.
Bindu:
O bindu é o cakra
da lua, o ponto onde os sons psíquicos se manifestam para aqueles que estão
preparados para ouvi-los. É visualizado na forma de uma pequena lua crescente
em uma noite iluminada pelo seu brilho. É considerado o mais importante cakra na prática do kuṇḍalinī-yoga. Seu ponto de disparo é na parte
de trás da cabeça, no alto, onde os brâmanes deixam crescer um tufo de cabelo,
denominado śikha.
Sahasrāra:
Este é o cakra superior, o mais elevado de
todos os centros psíquicos e simboliza o limiar entre os reinos psíquico e
espiritual. É dito que o sahasrāra
contem em si mesmo todos os outros cakras,
bem como é infinito em dimensões e possibilidades. É como se fosse uma abóboda
radiante gigantesca que abriga todas as formas psíquicas existentes. O sahasrāra é visualizado como um brilhante
lótus vermelho de mil pétalas contendo todas as letras do alfabeto sânscrito,
vinte vezes mais, com um śivaliṅga
no centro. No corpo físico, este é o ponto acima da cabeça, na coroa, se
estendendo para fora em todas as direções o mais distante que os olhos internos
conseguem ver.
Lalana:
O lalana-cakra não é considerado como um dos
principais cakras, por isso geralmente não é
ilustrado na literatura moderna. Contudo, é de suma importância na prática de kuṇḍalinī-yoga, pois ele é o ponto de onde
emana o amṛta ou néctar, gotejando no viśuddhi-cakra. Seu ponto físico para concentração é no
palato mole, na raiz das amígdalas.
Bhrumadhya: O bhrumadhya
não é um cakra. É o ponto de disparo do ājñā-cakra. A palavra bhrumadhya significa centro entre as
sobrancelhas
e é onde o ponto se localiza.
Ponto desconhecido: Este também é um ponto de
disparo, localizado no centro da cabeça, entre os ouvidos.
Cidākāśa:
Literalmente, a palavra significa espaço da consciência. É o espaço onde todos os eventos psíquicos são
visualizados. O cidākāśa
é visualizado como um quarto preto-azeviche diretamente atrás da fronte. No
fundo do quarto, no centro da parte mais baixa, há um pequeno orifício de onde
a suṣumṇā-nāḍī desce.
Hṛdayākāśa: É o espaço do coração, visualizado e experienciado na região central
do peito.
Nāḍīs e passagens
psíquicas
A palavra nāḍī
literalmente significa fluxo, fluir ou corrente. Nas escrituras antigas é dito que existem 72.000 nāḍīs no corpo físico que são vistas
como correntes de luz por uma pessoa que desenvolveu a visão psíquica. Estas nāḍīs conectam os cakras e outros centros psíquicos no corpo sutil. Algumas destas nāḍīs são consideradas essencialmente
importantes ao praticante de Yoga e
meditação, pois em algumas práticas de kuṇḍalinī-yoga,
a consciência, muitas vezes na forma de uma serpente, néctar, uma flecha, um
tridente ou um botão de lótus crescente, é visualizada movimentando-se através
destas passagens. As nāḍīs e as passagens
psíquicas utilizadas nas práticas da Oficina
de Meditação são explicadas abaixo.
Suṣumṇā: Esta é a nāḍī mais importante do corpo psíquico e a passagem psíquica mais
importante visualizada no esqueleto humano. Sua base é no mūlādhāra-cakra e a partir dele ela viaja suavemente para cima até
o swādhisṭhāna-cakra, o ponto na
frente do cóccix onde suṣumṇā entra
na coluna espinhal. Dali ela viaja para cima através da coluna espinhal
perpassando o maṇipūra, anāhata e viśuddhi-cakras. A parti do ponto inferior cerebral onde a coluna
espinhal termina, suṣumṇā continua
sua viajem para cima perpassando os cakras
ājñā e biṅdu, terminando no
centro do sahasrāra-cakra.
Piṅgalā e iḍā-nāḍīs: Estes são dois importantes canais
psíquicos, embora apenas piṅgalā-nāḍī
seja utilizada como passagem psíquica. A razão para isso é que quando iḍā é utilizada com essa finalidade, a
força mental torna-se dominante, subjugando a vitalidade prânica, causando a
perda da estabilidade física e mental. Piṅgalā-nāḍī
inicia-se no mūlādhāra-cakra e se
estende em uma curva semi-circular pelo lado direito do corpo. Ela cruza suṣumṇā-nāḍī no swādhisṭhāna-cakra
e prossegue em curva similar pelo lado esquerdo, cruzando novamente suṣumṇā-nāḍī no maṇipūra-cakra.
Dessa maneira ela continua ascendendo, viajando pelo lado direito até o anāhata, pelo lado esquerdo até o viśuddhi e pelo direito novamente até o ājñā-cakra, onde termina piṅgalā-nāḍī.
Canal psíquico frontal ou
passagem frontal:
Essa passagem é visualizada na frente do corpo, desde o abdômen ao centro da
garganta. É utilizada extensivamente nas práticas preliminares de kuṇḍalinī-yoga tais como viśuddhi-śuddhi e ajapa-japa.
Canal psíquico traqueal
ou passagem traqueal: É uma continuação da passagem
frontal. Ela se estende do centro da garganta, próximo ao pomo-de-adão, até
um ponto desconhecido no centro da cabeça, na altura das têmporas, um pouco
acima do ājñā-cakra.
Passagens arohan e
awarohan: Passagens irregulares em
forma circular no corpo. Têm a forma oval quando vistas lateralmente. A
passagem descendente (awarohan)
inicia-se no biṅdu-cakra e se estende
através de suṣumṇā-nāḍī até o mūlādhāra-cakra, onde termina. A passagem ascendente (arohan) inicia-se no mūlādhāra-cakra, viaja para cima através
do osso púbico seguindo a curva do baixo ventre até o abdômen. A partir daí ela
se une a passagem frontal, viajando
por sua rota até o centro da garganta, cortando caminho a partir daí através da
cabeça até o biṅdu-cakra.
Uma passagem arohan
alternativa é mencionada nos textos tântricos que descrevem a prática do kuṇḍalinī-yoga. Como é tradicionalmente
explicando, essa passagem é a mesma passagem
arohan, entretanto, ela viaja do viśuddhi
até o lalana-cakra, na raiz do
palato, próximo as amígdalas. Dalí ela sobe em direção ao bhrūmadhya, o ponto entre as sobrancelhas, seguindo a curvatura da
cabeça até o sahasrāra-cakra,
descendo então através da suṣumṇā-nāḍī até o biṅdu-cakra.
Tubo do ājñā-cakra: Essa é uma passagem psíquica que vai
do bhrūmadhya (o ponto ou centro
entre as sobrancelhas) em uma linha reta, atravessando o ājñā-cakra até a parte de trás da cabeça.
Passagens cônicas: Estas são as duas únicas passagens que
se estendem para fora do corpo. Ambas se iniciam no ponto atrás do centro entre
as sobrancelhas e se estendem para baixo e para fora na angulação das narinas,
quer dizer, elas passam pelas narinas e terminam a uma curta distância do
corpo. À distância em que essas duas passagens se estende para fora do corpo
dependerá da força e densidade da respiração.
Passagem do néctar: Essa passagem psíquica inicia-se no viśuddhi-cakra e se estende para cima
até o lalana-cakra na raiz do palato,
perto das amígdalas, onde termina.
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