Swāmi Satyānanda Saraswatī
Texto retirado do livro «Kundalini
Tantra», Yoga Publications Trust, 2006.
Nossa reflexão sobre os centros psíquicos começa a
partir do ājñā-cakra. Segundo a
tradição, o mūlādhāra é geralmente
designado como o primeiro cakra, uma
vez que é a sede da kuṇḍalinī-śakti.
No entanto, existe um outro sistema em que a reflexão e estudo dos cakras começa a partir do ājñā.
O ājñā-cakra é o ponto de confluência onde as três principais nāḍīs ou forças – iḍā, piṅgalā e suṣumṇā fundem-se em um fluxo de
consciência e fluem até o sahasrāra-cakra.
Na mitologia, estas três nāḍīs são
representadas por três grandes rios – gaṅges (iḍā), yamunā
(piṅgalā) e saraswatī (uma
corrente subterrânea que representa a suṣumṇā).
Eles convergem para um lugar chamado prayag ou triveṇi, que hoje
está perto de Allahabad.
Os hindus acreditam que a cada doze anos, quando o sol está em Aquário, se
alguém mergulhar no ponto de confluência, será purificado. Este lugar de
confluência corresponde simbolicamente ao ājñā-cakra.
Quando a mente está concentrada nesta
conjunção, a transformação da consciência individual é provocada pela fusão das
três grandes forças. A consciência individual é
essencialmente composta de ego, e é por conta do ego que estamos cientes das
dualidades. Enquanto houver dualidade não pode haver samādhi; enquanto você lembrar de si mesmo não poderá sair de si
mesmo.
Embora
existam experiências de transe nos outros cakras,
não há fusão do ego individual com o Eu cósmico. Em todas as experiências que
encontra por toda parte, você está tentando afirmar, por si mesmo, que é você
quem está experienciando. Mas quando iḍā
e piṅgalā se unem com a suṣumṇā no ājñā-cakra, perde-se completamente o sentido de si mesmo. Não
queremos dizer que você se torna inconsciente. Sua consciência se expande e se
torna homogênea. Então a consciência individual decai neste plano e você
transcende completamente o reino da dualidade. Assim, o ājñā-cakra é um centro muito importante, o qual devemos
experienciar em uma seqüência de purificações graduais na mente. Uma vez que a
mente está purificada a experiência e o despertar dos outros cakras pode acontecer.
Existe
um certo problema com o despertar dos outros cakras. Cada um deles contém uma reserva de karma ou saṃskāra,
bons e ruins, positivos e negativos, dolorosos e agradáveis. O despertar de
qualquer cakra vai certamente trazer
à tona um explosão ou expressão desses karmas
e, claro, nem todos estão preparados ou prontos para enfrentá-las. Só quem tem
razão e compreensão são capazes de enfrentar. Assim, afirma-se que antes de começar a despertar e manifestar a grande
força, é melhor purificar a mente no ponto de confluência. Então, com uma
mente purificada, você pode despertar os outros cakras. Por este motivo, iniciamos a nossa exposição dos cakras pelo ājñā.
Centro de comando
A
palavra ājñā vem da raiz sânscrita
que significa saber, obedecer
ou seguir. Literalmente, ājñā
significa comando ou o centro de monitoramento. Na astrologia ājñā é o centro de Júpiter, que
simboliza o guru ou preceptor. Entre as divindades, Júpiter é representado por Brihaspati, o guru dos devas e preceptor dos deuses. Portanto,
este centro também é conhecido como o cakra-guru.
O
ājñā é a ponte que liga o guru com
seus discípulos. Ele representa o nível no qual é possível a comunicação direta
de mente para mente entre duas pessoas. É neste cakra que a comunicação com o guru exterior, o professor ou
preceptor ocorre. E é aqui que as direções do guru interior são ouvidas no mais
profundo estado de meditação, quando todo o sentido de modalidades é retirado e
a pessoa entra no estado de śūnya ou nāda.
Este
é um estado de absoluta não-existência, onde as experiências empíricas do nome
e forma, sujeito e objeto, não penetram. Neste estado completamente estático, à
luz da mente é extinta, a consciência deixa de funcionar, e nenhuma consciência
de ego permanece. Este estado de vazio é o mesmo que a experiência da morte e,
a fim de ouvir a voz ou o comando do guru, ele deve atravessar o ājñā-cakra.
Claro,
se o aspirante é novo para a vida espiritual, não enfrentará este problema, mas
quando isso começar acontecer, vai achar muito difícil dominar este aspecto da
mente. Atualmente, os seus problemas são apenas mentais – dispersão da mente,
preocupações, ansiedades, agitações etc., mas quando a noite for escura e você
ter ido muito profundo na meditação, perderá a sua consciência individual, e a
única coisa que poderá guiá-lo neste momento é a ordem ou o comando de seu guru
ouvido através do ājñā-cakra.
Este
cakra também foi chamado de o olho
da intuição, e é o portal através do qual a indivíduo entra na dimensão
astral e psíquica da consciência. Talvez o nome mais comum para este cakra seja o terceiro olho; tradições místicas de cada época e
cultura fizeram abundantes referências a ele. Ele é retratado como um olho
vidente localizado a meia distância entre os dois olhos físicos e olhando para
dentro, em vez de para fora.
Na
Índia, o ājñā-cakra é chamado divya-cakśu
(o olho divino), jñāna-cakśu ou
jñāna-netra (o olho do conhecimento), porque é o canal através do
qual o aspirante espiritual recebe revelação e insight sobre a natureza da existência subjacente. É também
denominado o olho de Śiva, pois Śiva é o epítome da meditação, que é
diretamente associado com o despertar do ājñā-cakra.
É
interessante notar que o ājñā-cakra é
mais ativo nas mulheres do que nos homens. As mulheres são mais sensíveis,
psíquicas e perceptivas e elas muitas vezes são capazes de prever próximos
eventos. No entanto, na maioria das pessoas este olho interior permanece
fechado, e embora eles possam ver os acontecimentos do mundo exterior, o
conhecimento e a compreensão da verdade não pode ser adquirido. Neste sentido,
estamos cegos para as possibilidades reais do mundo, incapazes de ler os níveis
mais profundos da existência humana.
Ponto de localização
O
ājñā-cakra está localizado no
cérebro, diretamente atrás do centro da sobrancelha. É o próprio topo da medula
espinhal, a medula oblonga. Inicialmente, é muito difícil sentir a exata
localização do ponto ājñā, por isso,
devemos nos concentrar no ājñā-kṣetraṃ, no meio do centro da
sobrancelha, bhrūmadhya. Estes dois centros estão diretamente ligados. É
por isso que na Índia é costume colocar tilaka,
candan, sindur ou kumkum no meio
do centro da sobrancelha. Sindur
contém mercúrio, e quando é aplicado ao centro da sobrancelha uma pressão
constante é exercida sobre o nervo que vai de bhrūmadhya à medula
oblonga. Talvez o objetivo inicial da aplicação dessas substâncias tenha sido
esquecido pela maioria das pessoas hoje, mas não é uma marca religiosa ou mesmo
uma beleza local. É um meio pelo qual você pode manter a consciência
constantemente consciente ou inconscientemente do ājñā-cakra.
Deve também ser mencionado aqui
que o ājñā-cakra e a glândula pineal
são a mesma coisa. A glândula pituitária é o sahasrāra, e tal como as
glândulas pituitária e pineal estão intimamente ligadas, assim também estão o ājñā e o sahasrāra. Poderíamos dizer que o ājñā é a porta de entrada para o sahasrāra-cakra. Se o ājñā
despertou e está funcionando corretamente, todas as experiências que acontecem
em sahasrāra podem ser bem geridas.
A
glândula pineal funciona como uma fechadura na hipófise. Enquanto a glândula
pineal for saudável, as funções da hipófise são controladas. No entanto, na
maior parte de nós, a glândula pineal começa a declinar quando chegamos à idade
de oito, nove ou dez anos. Em seguida, a pituitária começa a função para
secretar vários hormônios sexuais, que instigam a nossa consciência, a nossa
sensualidade e personalidade mundana. Neste
momento começamos a perder contato com o nosso patrimônio espiritual. No
entanto, através de várias técnicas yogīs
tais como trāṭaka e śāmbhavī-mudrā, é possível
regenerar ou conservar a saúde da glândula pineal.
Simbologia tradicional
O
ājñā é simbolizado por um lótus de
duas pétalas. De acordo com as escrituras, é uma cor pálida, luz cinza como um
dia chuvoso. Alguns dizem que ele é branco como a lua, ou prata, mas realmente
é uma cor intangível. À esquerda, a letra da pétala é ha (ह) e sobre à
direita, kṣa (क्ष). Ha e kṣa estão inscritos,
em prateado e branco e são as cores dos bīja-mantras para Śiva e Śakti. Um representa a lua, ou a nāḍī iḍā, e o outro o
sol, ou piṅgalā-nāḍī. Abaixo o cakra funde-se nas três nāḍīs – iḍā à esquerda, piṅgalā à
direita e suṣumṇā no meio.
Dentro
do lótus tem um círculo perfeitamente redondo que simboliza śūnya, o vazio. Dentro do círculo
tem um triângulo invertido, que representa Śakti – a manifestação e a criatividade. Acima do triângulo tem um
śiva-liṅga
negro. O śiva-liṅga não é, como muitos as pessoas acreditam, um símbolo
fálico. É o símbolo do seu corpo astral. De acordo com o Tantra e as ciências ocultas, o corpo astral é o atributo da sua
personalidade, e na forma de śiva-liṅga, pode ter uma das três
cores, dependendo da evolução da purificação ou da sua consciência.
No
mūlādhāra-cakra o liṅga é esfumaçado e mal definido. É
conhecido como dhumra-liṅga, e podemos comparar isso com o nosso estado de
consciência, quando vivemos uma vida instintiva. Nós não temos noção do real ou
o que nós somos. O ājñā-cakra tem um liṅga preto com um contorno bastante
delineado. É chamado de itarakhya-liṅga. Aqui, em ājñā, a consciência de o que eu sou
é mais nitidamente definida e diversas capacidades estão sendo despertadas. No sahasrāra a consciência é iluminada e,
portanto, o liṅga é luminoso. É
chamado de jyotir-liṅga.
Quando
uma pessoa de mente desenvolvida concentra-se, ela experimenta o śiva-liṅga
na forma de uma coluna de fumaça. Essa nuvem vem e, em seguida, dispersa, vem
novamente, e dispersa, e assim por diante. Na mais profunda concentração,
conforme a agitação da mente é aniquilada, o liṅga torna-se da cor preta.
Ao concentrar no śiva-liṅga preto, o jyotir-liṅga é produzido na iluminação da
consciência astral. Por isso, o preto do liṅga no ājñā-cakra é a chave para a maior dimensão espiritual da vida.
Sobre
o śivaliṅga está o símbolo tradicional do oṃ (\), com a cauda no topo e a lua crescente com o bindu acima dele. Oṃ é o bīja-mantra
e símbolo do ājñā-cakra e acima da sua forma pode ser visto a yaif,
o traço da boa consciência. Paramaśiva
é a divindade do ājñā-cakra e ele
brilha como uma seqüência de flashes
de relâmpagos. A deusa é o espírito puro de Hākinī cujas seis faces são como
muitas luas.
Cada cakra possui um tanmātra,
ou sentimento específico de modalidade, um jñānendriya
ou órgão de percepção, e um karmendriya
ou órgão de ação. O tanmātra, jñānendriya e karmendriya do ājñā-cakra
são todos considerados como sendo a mente. A mente é capaz de adquirir
conhecimentos através dos meios sutis e não pela entrada dos sentido como
vários dos órgãos sensoriais, que são os jñānendriyas
dos outros cakras.
A mente percebe conhecimento
diretamente ou através de um sexto sentido intuitivo, que entra em operação
quando o ājñā-cakra desperta. Este
sentimento é o jñānendriya da mente.
Do mesmo modo, a mente pode se manifestar ativamente sem o auxílio do corpo
físico. Esta é a faculdade da projeção astral, que se manifesta com o despertar
do ājñā-cakra. Assim, a mente é
considerada o karmendriya do ājñā. O modo de funcionamento deste
centro é puramente mental e por isso o tanmātra
é também a mente. O plano é tapoloka,
onde vestígios de imperfeição são purificados e os karmas são consumidos no fogo. Juntamente com viśuddhi-cakra, o ājñā
constitui a base para vijñānamaya-kośa,
que inicia o desenvolvimento psíquico.
Muitas vezes, o despertar tem uma
experiência, quando ocorre no ājñā é
semelhante à que é induzida por ganja
(maconha) ou qualquer outro medicamento desse tipo. Aquele que medita sobre
este cakra e o desperta vê uma luz
brilhando como uma lâmpada de chama ardente, como sol da manhã, e ele mora no
interior das regiões do fogo, do sol e da lua. Ele é capaz de entrar no corpo
do outro à vontade, e se torna o mais excelente entre os munis, tornando-se todo-conhecimento e todo-clarividente. Ele se
torna o benfeitor de todos e é versado em todos os śāstras. Ele realiza sua união com o Brahman e adquire siddhis. Diferentes resultados
provenientes da meditação sobre os vários centros são realizados coletivamente
por meditar somente sobre este centro.
O ājñā-cakra e a mente
Então, o ājñā é essencialmente o cakra
da mente, o que representa um nível mais elevado de percepção. Sempre que você se concentrar em alguma
coisa, se for no mūlādhāra, swādhisṭhāna ou maṇipūra, ou se concentrar em um
objeto externo ou uma idéia, o ājñā é afetado, por vezes suavemente, às vezes
apaixonadamente, dependendo do grau de sua concentração. Quando
visualizamos ou quando sonhamos de noite, a visão interior que ocorre é através
do ājñā. Se você está comendo, dormindo ou falando e não está ciente disso, o
ājñā então não está funcionando. Mas se você está conversando e uma área de sua
consciência está consciente disto, esse conhecimento, esta consciência é a
faculdade do ājñā.
Quando você desenvolver o ājñā, pode obter conhecimento sem o
auxílio dos sentidos. Normalmente, todo o conhecimento chega até nós por meio
de informações: a conduta para os sentidos chega ao cérebro e um processo de
classificação se inicia; a lógica e o intelecto estão situados no cérebro
frontal. No entanto, o cérebro menor, onde o ājñā está situado, tem a capacidade de adquirir conhecimentos
diretamente sem a ajuda dos indriyas
ou sentidos. Supondo-se um dia muito nublado, é possível saber, através da
lógica, que vai chover. Mas se não houver nuvens no céu e mesmo assim você sabe
para além da lógica que vai chover, isso significa que a sua intuição e
percepção são muito aguçados e o ājñā
está funcionando.
Quando o ājñā é despertado, a inconstância da mente individual é dispersada
e a purificação de buddhi (inteligência
sutil ou percepção superior) são manifestadas. O apego, que é o causa da
ignorância e da falta de discriminação, fica ausente, e saṅkalpa-śakti (vontade)
se torna muito forte. Resoluções intelectuais são quase que imediatamente
convertidos em frutos, desde que estejam em conformidade com o dharma do indivíduo.
O ājñā
é a testemunha central onde se torna o observador separado de todos os eventos,
incluindo aqueles dentro do corpo e da mente. Aqui o nível de conscientização é desenvolvido por meio do qual a
pessoa começa a ver a essência oculta subjacente em todas as aparências
visíveis. Quando o ājñā é
despertado, o significado e a importância dos símbolos em um piscar de olhos
são percebidos pelo conhecimento intuitivo surgido sem qualquer esforço.
Este é o centro de percepção
extrasensorial onde vários siddhis se
manifestam de acordo com as tendências da mente ou os saṃskāras. Por esta razão, é dito que o ājñā se assemelha a um nó diretamente no topo da medula espinhal.
De acordo com o Tantra este nó é
chamado rudra-granthi, o nó de Śiva. Este nó é símbolo do apego do
aspirante aos siddhis recentemente
desenvolvidos que acompanham o despertar do ājñā.
O nó bloqueia eficazmente a evolução
espiritual até que o apego aos fenômenos psíquicos sejam superados e o nó
da consciência seja liberado.
Compreendendo as causas e
os efeitos
Até o ājñā despertar, estamos sob desilusões, vemos as coisas
incorretamente e temos muitas idéias erradas, sobre o amor e apego, ódio,
inveja, tragédia e comédia, vitória e derrota, e tantas outras coisas. Nossos medos
são infundados, da mesma forma que os nossos ressentimentos e as nossas
ligações. Nossa mente está funcionando dentro de uma esfera limitada e não
podemos ultrapassar isso. Assim como
sonhamos à noite e nossos sonhos são relativas experiências, estamos também a
sonhar em nosso estado de vigília e nossas experiências são relativas. Da
mesma forma que temos de acordar de um sonho, quando o ājñā desperta, há também um processo de despertar do presente sonho
que estamos vivendo, e podemos compreender inteiramente a relação entre causa e
efeito.
É necessário que compreendamos a lei de
causa e efeito em relação a nossas vidas, caso contrário, nos tornaremos
deprimidos e pesarosos sobre determinados acontecimentos na vida. Supondo que
você dê à luz uma criança e ela morra pouco depois. Por que isso aconteceu?
Isto é o que todos gostariam de saber, não é? Se um filho estava destinado a
morrer logo após nascer, porque ele nasce então? Você só pode compreender esse
motivo se você entender as leis de causa e efeito.
Causas e efeitos não são eventos
imediatos. Toda e cada ação tem simultaneamente uma causa e um efeito. Esta
vida que temos é um efeito, mas qual foi a causa? Você tem que descobrir e
então poderá compreender a relação entre causa e efeito. É só depois de
despertar o ājñā-cakra que estas leis
podem ser conhecidas. Posteriormente,
toda a sua atitude filosófica é uma abordagem da mudança da vida. Não
existem eventos na vida que afetem você negativamente, e os objetos diversos e
as experiências que entram na sua vida e que provavelmente a enfraquecem não o
perturbam mais. Você participa de todos os assuntos da vida e vive plenamente,
mas como uma testemunha à parte. A vida flui como um curso rápido e você se
entrega e se move com ela.
Evoluindo do ājñā para o
sahasrāra
Para alcançar o ājñā-cakra é necessário sādhanā,
disciplina, convicção e esforço persistente. Com o nosso atual estado de
espírito não é possível saber como chegar ao sahasrāra, mas uma vez que o ājñā-cakra
se torna ativo, você desenvolve percepção superior e percebe como o sahasrāra pode ser alcançado. É como
ajustar uma viagem de Juiz de Fora à Bombinhas, em Santa Catarina. A mais
importante etapa do percurso é a viagem longa para Santa Catarina. Uma vez que
você está lá, chegar Bombinhas não é problema. É fácil encontrar o caminho,
você só toma um táxi e vai até lá. Então, na nossa opinião, não é importante
para nós sabermos como chegar ao sahasrāra
desde o ājñā-cakra, mas é essencial
para nós sabermos como despertar o ājñā-cakra.
Cakra-sādhanā
Mês a mês, daremos práticas específicas
para o despertar de cada cakra, um após
o outro. Estas práticas devem ser adotadas sistematicamente. No primeiro mês
você só deve executar as técnicas para o ājñā-cakra.
Em seguida, no segundo mês, deve praticar as técnicas para o mūlādhāra-cakra. No terceiro mês, as
técnicas para o swādhisṭhāna. No
quarto mês, as técnicas para o maṇipūra
e outras técnicas selecionadas para o ājñā,
mūlādhāra e swādhisṭhāna-cakras. Nesta
fase, devido ao número de práticas, será necessário omitir algumas. Desta
forma, você deverá continuar, acrescentando as práticas de cada cakra, até chegar ao bindu-visarga durante o sétimo mês.
O primeiro mês é concernente ao
despertar do ājñā-cakra e não do mūlādhāra, que é tratado no segundo mês.
Pode parecer mais lógico e coerente começar as práticas pelo mūlādhāra, mas é uma regra no kuṇḍalinī-yoga que o primeiro cakra a ser despertado seja o ājñā, antes dos outros cakras. Se não for assim, o despertar
dos cakras inferiores pode prejudicar
a estabilidade do praticante; ele pode ter choque de experiências físicas,
mentais e emocionais que não poderia suportar. O despertar do ājñā-cakra traz certo grau de desapego,
o que permite suportar o despertar dos cakras
inferiores sem choques excessivos. A pessoa é capaz de observar as experiências
dos cakras com a atitude de uma
testemunha. Isto é mais essencial no kuṇḍalinī-yoga.
No oitavo mês daremos algumas práticas
que influenciam todos os cakras. Estas
deverão também ser executadas por um mês. Observe que algumas práticas
influenciam mais de um cakra, mas nós
só daremos determinada prática como sādhanā
para o cakra mais suscetível. Além
disso, deve se observar que nada irá ser conquistado se as práticas forem selecionadas
aleatoriamente, fora de um programa sādhanā,
praticando determinadas práticas um dia e no outro escolhendo novas. Cada
prática é um degrau na escalada para a próxima, por isso, as técnicas devem ser
realizadas sistematicamente. A cada novo capítulo, as práticas são dadas para
localizar a posição do cakra e sua
contrapartida, o kṣetraṃ (que está
localizado na parte da frente do corpo). É importante que você possa localizar
esses pontos exatamente.
Todos as práticas indicadas para os cakras são os tijolos a partir do qual
as técnicas de kriyā-yoga serão construídas.
Como tal, deve-se aperfeiçoá-las antes de proceder aos kuṇḍalinī-kriyās. Afinal, você só precisa praticar os kriyās, mas antes tem de estar preparado
para dedicar pelo menos uma hora por dia para as práticas dos cakra pelos próximos oito meses.
Práticas para o ājñā-cakra
Dirigir a concentração para o ājñā-cakra
é muito difícil; por esta razão, no Tantra,
o centro, no meio das sobrancelhas (que na verdade é o kṣetraṃ do ājñā-cakra), é
utilizado para despertar este cakra.
Este ponto é chamado de bhrūmadhya (bhru significa sobrancelha e madhya significa centro), e que se situa
entre as duas sobrancelhas, no local onde as mulheres indianas põem um ponto
vermelho e os pândidas e brâmanes colocam uma marca de pasta de
sândalo. Este centro na sobrancelha pode ser localizado por diversas técnicas.
Em primeiro lugar, existe um importante
ṣaṭ-kriyā (limpeza técnica) chamado trāṭaka, que irá ajuda no despertar do ājñā-cakra. É uma poderosa técnica que
pode ser entendida como fixar o olhar em
um ponto. Se praticada regularmente, desenvolve o poder de concentração, e
a partir desta concentração, o direto despertar das faculdades latentes do ājñā-cakra.
O ājñā-cakra
também pode ser localizado através da concentração diretamente nas nāḍīs. O método para isto é o anuloma-viloma-prāṇāyāma, que é o nāḍī-śodhana mental ou psíquico, também
conhecido como prāṇāyāma vai e vem e prāṇa-śuddhi, a respiração purificante.
Você também pode despertar o ājñā-cakra se concentrando no centro
entre as sobrancelhas pela prática da śāmbhavī-mudrā.
Inicialmente, quando não há nenhuma sensação ou percepção neste ponto, algumas
pomadas ou óleo, como bálsamo de tigre, pode ser aplicado. Isto facilita a
concentração. Com a prática, a pressão da concentração nesta área aumenta as
sensações que são transportadas de volta à glândula pineal. Isso traz um
despertar na forma de visões e experiências internas.
O ājñā
e o mūlādhāra-cakras estão
intimamente relacionados, bem como o despertar de um ajuda a despertar o outro.
Idealmente, o ājñā deve ser
despertado antes do mūlādhāra e este
na seqüência, a fim de permitir uma percepção inalterada das energias
manifestadas por mūlādhāra e os cakras menores. No entanto, o despertar
do mūlādhāra, contribuirá para
despertar o ājñā. De fato, a melhor
maneira de despertar o ājñā é através
das práticas de mūla-bandha e aświnī-mudrā que são específicos para o mūlādhāra.
Práticas
preparatórias
Jala e sūtra-neti podem ser praticados por alguns
meses, para purificar a região nasal. Isto contribuirá para sensibilizar o ājñā e ajudar no seu despertar. Além de
ter um profundo efeito sobre o sistema nervoso, neti remove a sujeira e o muco das fossas nasais, alivia as
constipações, sinusite, distúrbios dos olhos, orelhas, nariz e garganta, bem
como inflamação das amígdalas, adenóides e membranas mucosas. Remove a sonolência
e dá uma idéia de leveza e frescor na cabeça e por todo o corpo. Ao mesmo
tempo, que modifica profundamente a percepção psíquica, facilitando a livre
circulação de ar em ambas as narinas, de modo que o estado meditativo possa ser
atingido. Deve ser praticado todas as manhãs antes que você comece seu sādhanā.
Programa
de práticas
O seguinte sādhanā (consistindo das práticas 1, 2 e 3) para o ājñā-cakra deve ser executado
diariamente durante um mês. Após um mês de prática dê início ao sādhanā para o mūlādhāra-cakra.
Prática
1: anuloma-viloma-prāṇāyāma com prāṇa-śūddhi
(respiração vai e vem e
respiração purificante)
Sente-se confortável em uma postura meditativa.
Certifique-se que a coluna está ereta e o corpo relaxado.
O corpo deve tornar-se absolutamente quieto.
Posicione as mãos sobre os joelhos em cin ou jñāna-mudrā.
Feche os olhos e relaxe todo o corpo.
Pratique kāya-sthairyam.
Deixe que seu corpo se transforme em
uma estátua.
Tome a resolução de que não movimentará
seu corpo durante toda a prática.
Preparação é importante. Portanto,
esteja completamente absorvido em seu corpo. Não pense em nada mais (pausa).
Após alguns minutos, comece a desenvolver a percepção da respiração nas
narinas (pausa).
Quando você inalar, sua percepção inteira deve fluir com a respiração a
partir da ponta do nariz, atravessando as fossas nasais, até chegar no centro
entre as sobrancelhas.
Quando você exalar, toda a sua consciência deve acompanhar o fluxo a
partir do centro das sobrancelhas para a ponta do nariz (pausa).
Torne-se consciente da forma triangular da respiração entre as narinas e o
centro das sobrancelhas. A base do triângulo está no nível do lábio superior,
as paredes são os lados das fossas nasais direita e esquerda, e o ápice fica no
centro das sobrancelhas (pausa).
Sinta o movimento da respiração para dentro e para fora da narina esquerda
(pausa).
Sinta o movimento da respiração para dentro e para fora da narina direita
(pausa).
Sinta a respiração fluindo por ambas as narinas simultaneamente (pausa).
Assim que estiver estabelecido na presente percepção da respiração, comece
conscientemente alternar o fluxo de ar entre as duas narinas da mesma forma que
em nāḍī-śodhana, com a exceção de que
você deverá praticá-la psiquicamente ou mentalmente.
Conscientemente inale através da narina esquerda para bhrūmadhya e exale através da narina direita, então inale através
da narina direita para bhrūmadhya, e
exale pelo lado esquerdo. Isto é um ciclo de anuloma-viloma ou nāḍī-śodhana
psíquico. Realize 4 ciclos (pausa).
Agora execute um ciclo de prāṇa-śūddhi:
inale e exale através das duas narinas ao mesmo tempo, visualizando a passagem
do ar formando um V-invertido.
Continue realizando desta forma – quatro respirações alternadas, depois
uma respiração com ambas as narinas.
No início os ciclos podem ser executados da seguinte maneira:
1 – inale pela narina esquerda e exale pela narina direita; inale pela
narina direita e exale pela narina esquerda; 2 – repita; 3 – repita; 4 –
repita; 5 – inale por ambas as narinas.
Após algum tempo de prática, conte o ciclo de 100 a zero como se segue:
100 – inale pela narina esquerda e exale pela narina direita; inale pela
narina direita e exale pela narina esquerda; 99 – repita; 98 – repita; 97 – repita;
96 – inale pelas duas narinas simultaneamente, exale pelas duas narinas, e
assim por diante. De 95, reinicie o processo.
Nota
prática: A precisão na contagem é
absolutamente necessária, e se um erro for cometido, a prática deve recomeçar a
partir de 100. É muito importante manter a contagem das respirações, porque sem
a manutenção da contagem, anuloma-viloma
é extremamente poderoso para muitos aspirantes, sugando sua consciência na
esfera inconsciente. O objetivo da prática é estimular o ājñā-ckra no nível psíquico do subconsciente, e por isso, a
percepção deve ser mantida.
Se você afundar na esfera do inconsciente, só estará ciente do grande
reservatório de impressões que lá existem, perdendo completamente a percepção
da prática. Essa percepção é essencial para o desenvolvimento da mente e para
controlar o despertar do ājñā-cakra
para o acesso consciente.
Prática
2: trāṭaka (fixação ocular)
Ajuste sua postura de maneira que se
encontre diretamente na frente da chama.
Ajuste a coluna e a cabeça.
Posicione as mãos sobre os joelhos em cin ou jñāna-mudrā.
Feche os olhos e relaxe todo o corpo.
Pratique kāya-sthairyam.
Deixe que seu corpo se transforme em
uma estátua.
Tome a resolução de que não movimentará
seu corpo durante toda a prática.
Se você se mexer, imediatamente distrairá
sua consciência para longe da prática.
Preparação é importante. Portanto,
esteja completamente absorvido em seu corpo. Não pense em nada mais (pausa).
Mantendo o corpo estável, abra os
olhos.
Concentre intensamente seu olhar na
chama da vela. Dirija sua atenção para ponta do pavio.
Não olhe para nada mais além da chama e
do pavio.
Tente não piscar ou movimentar os
olhos.
Não force os olhos. Se sente a
necessidade de piscar, então pisque. Com a prática conseguirá manter o olhar
fixo sem piscar os olhos por um longo período de tempo.
Relaxe seus olhos o máximo possível. Se
existe tensão nos olhos, então relaxe-os. É a tensão nos olhos que causa o
tremeluzir das pálpebras.
Mantenha sua consciência na chama da
vela e no topo do pavio.
Direcione sua mente de tal maneira que
você perde completamente a consciência do corpo.
Se sua mente vagar, não se preocupe,
apenas traga a mente novamente para prática.
Foque completamente sua atenção no topo
do pavio, no centro da chama. Deixe que sua consciência esteja completamente
absorvida pela chama da vela (pausa).
Feche os olhos.
Visualize a pós-imagem da chama da vela
na tela negra na frente de seus olhos fechados.
Se você não consegue ver a pós-imagem,
não se preocupe; tudo o que se requer é prática; entretanto, apenas tente criar
e visualizar a chama.
Existirá a tendência da imagem se
mexer. Para cima, para baixo ou até para os lados. Foque sua atenção e tente
estabilizar a imagem.
Esteja completamente consciente da
pós-imagem. A pós-imagem apenas.
Se visões psíquicas, pensamentos
estranhos ou qualquer tipo de experiência interior ocorrer, permaneça como uma
testemunha. Não reaja sob nenhuma circunstância. Apenas deixe que estas
experiências surjam e observe-as com desinteresse (pausa).
Abra os olhos.
Fixe sua consciência na chama da vela.
Mantenha sua consciência no topo do pavio, no centro da chama.
Mantenha o olhar fixo no centro da
chama da vela. Tente não piscar os olhos ou mesmo movimentá-los. Consciência
total na chama da vela e nada mais (pausa).
Feche os olhos.
Consciência total na imagem interna.
Visualize a pós-imagem da chama da vela
na tela negra na frente de seus olhos fechados.
Se você não consegue ver a pós-imagem,
não se preocupe, apenas tente criar e visualizar a chama.
Foque sua atenção e estabilize a imagem
interna se for necessário.
Esteja completamente consciente da
pós-imagem. A pós-imagem apenas.
Se visões psíquicas, pensamentos
estranhos ou qualquer tipo de experiência interior ocorrer, permaneça como uma
testemunha. Não reaja sob nenhuma circunstância. Apenas deixe que estas
experiências surjam e observe-as com desinteresse (pausa).
Abra os olhos.
Fixe sua consciência na chama da vela.
Mantenha sua consciência no topo do pavio, no centro da chama.
Mantenha o olhar fixo no centro da
chama da vela. Tente não piscar os olhos ou mesmo movimentá-los. Consciência
total na chama da vela e nada mais (pausa).
Feche os olhos.
Observe o espaço negro na frente de
seus olhos fechados.
Observe qualquer atividade que ocorra
no espaço negro. Mas não se envolva. Permaneça com o uma testemunha.
Esteja completamente consciente dos
pensamentos que surgem na mente (Pausa).
Continue por alguns minutos.
Esteja atento ao seu corpo e ao
ambiente exterior.
Então abra os olhos.
Este é o fim da prática.
Horário
da prática: O melhor horário para
se praticar trāṭaka são as horas
escuras de manhã ou tarde da noite. Nessas ocasiões, a atmosfera torna-se muito
calma e tranqüila – e não apenas o ambiente físico, mental e psíquico, mas a
atmosfera também. Nessa quietude, o sucesso em trāṭaka é facilmente alcançado.
Duração: Trāṭaka
pode ser praticada como o tempo permite, mas quinze a vinte minutos é o período
habitual no início. Posteriormente, podendo chegar a trinta minutos. O tempo de
fixação ocular em cada fase da prática com os olhos abertos não deve
ultrapassar três minutos.
Contraindicações:
Concentração de trāṭaka na chama de
uma vela não deve ser praticado por pessoas com miopia, astigmatismo ou
catarata.
Benefícios: Trāṭaka
tem muitas características e benefícios físicos, mentais e espirituais.
Fisicamente, corrige os olhos de certos defeitos e insuficiências, como miopia.
Mentais, aumenta a estabilidade do sistema nervoso, elimina a insônia e relaxa
a mente ansiosa. Quando o os olhos estão fixos e imóveis, a mente torna-se
também. O processo de pensamento automaticamente cessa e a concentração
aumenta. Ela provoca o controle sobre a mente tempestuosa e desperta
espiritualmente o ājñā-cakra.
Variações: Trāṭaka pode ser praticada em um pequeno
ponto, na lua cheia, uma sombra, uma bola de cristal, a ponta do nariz, uma
imagem na água, um yantra, na
escuridão, um śivaliṅga e muitas
outras coisas.
Aqueles que têm uma divindade pessoal podem praticar trāṭaka sobre a sua forma e aqueles que têm um guru podem exercer
sobre a sua fotografia. Trāṭaka
também pode ser praticado no nascente do sol, na própria imagem no espelho, ou
nos olhos de outra pessoa. Estes deverão, no entanto, ser conduzidos sob a
orientação de um guru, uma vez que existem certos riscos envolvidos. Praticar trāṭaka no sol pode danificar as
delicadas membranas dos olhos.
Há duas divisões de trāṭaka, bahiraṅga (exterior) e antaraṅga (interior). Os métodos
mencionados até agora são todos de bahiraṅga
trāṭaka. Trāṭaka interno (antaraṅga)
é visualização interna, talvez de um cakra,
um yantra ou a sua divindade pessoal.
Os olhos permanecem fechados durante todo o processo. Um dos melhores objetos
internos de concentração é uma pequena estrela ou ponto de luz.
Prática
3: śāmbhavī-mudrā com entoação do Oṃ (fixação no centro entre as sobrancelhas)
Estágio
1: consciência externa
Sente-se em qualquer postura meditativa com as costas retas e as mãos nos
joelhos.
Olhe em frente para um ponto fixo e, em seguida olhe para cima, o mais
alto possível, sem mover o cabeça.
Foque os olhos e concentre-se no centro entre as sobrancelhas. Tente
suspender o processo dos pensamentos e medite sobre ājñā-cakra.
Repita Oṃ, Oṃ, Oṃ, com a consciência
da vibração do som no centro do supercílio em que você está olhando. Cada Oṃ deve ser produzido em uma voz suave e
clara, com percepção de todas as vibrações do mantra no centro das sobrancelhas.
Cada mantra deve ter um ou dois segundos de duração e, imediatamente
seguido pelo próximo.
Pratique por 3 a 5 minutos.
Estágio
2: consciência interna
Agora os olhos estão fechados, mas o olhar permanece no interior, dirigido
ao centro entre sobrancelhas.
Comece a entoar o mantra mais
lentamente, com plena consciência do som da vibração no centro entre as
sobrancelhas. Imagine que o som está sendo emitido a partir de dentro do
próprio centro entre as sobrancelhas. Gradualmente esforce-se para aumentar a
duração de cada Oṃ, tornando-se longa
e contínua. O som deve ser estável e harmônico, terminando no final da
respiração.
Em seguida, encha os pulmões completamente e respire pelo nariz, mas não
altere a posição do corpo ou da cabeça.
Comece o próximo Oṃ, mantendo a
consciência do som emergente a partir do centro entre as sobrancelhas.
Pratique durante 5 minutos.
Estágio
3: consciência na vibração sonora
Continue a entoar o mantra Oṃ, mas torne-se consciente do som que
ecoa por todo o corpo.
Tente estar consciente somente do som, escute a sua vibração emergente a
partir do centro entre as sobrancelhas permeando todo o corpo.
Permita que o som manifeste-se plenamente, mantenha apenas a consciência
da vibração do som.
Pratique durante 5 minutos. Gradualmente a duração da prática pode ser
aumentada.
Precauções: Não estire os músculos dos olhos;
quando se tornarem um pouco cansados ou tensos, relaxe śāmbhavī-mudrā.
Tradução livre de Fernando Liguori.
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